sexta-feira, 9 de março de 2007

Open Skies

No dia 22 de Março vai a votos o acordo recentemente acordado entre a União Europeia e os EUA. Só um sim de todos os ministros dos transportes Europeus permitirá que o acordo seja rectificado nesta data. Caso isso não aconteça, existe ainda outra possibilidade de rectificar este acordo, isto porque a União Europeia anunciou que poderia utilizar um voto por maioria simples para concluir o acordo transatlântico. É previsto que o acordo irá produzir 12 mil milhões de euros em benefícios económicos e que criará 80.000 postos de trabalho.

Este acordo consiste em possibilitar que qualquer companhia aérea Europeia ou Americana possa voar de qualquer ponto nos Estados Unidos para qualquer ponto na Europa e vice-versa. Até agora os acordos que existem para este tipo de voos são bilaterais, ou seja entre países individuais da União Europeia e os EUA. Um entendimento entre ambas as partes tem sido sucessivamente adiado – as negociações começaram em 2003 – porque os EUA não queriam permitir que as suas transportadoras aéreas fossem controladas por investidores estrangeiros. Os desenvolvimentos neste sentido são que com este acordo as companhias Europeias passam a poder ter 49.9% das companhias Americanas, apesar de só poderem ter 25% do poder de voto. A EU pode também limitar o controlo no sentido inverso.

O único país que se prevê que venha a opor a rectificar o acordo parece ser o Reino Unido, defendendo a posição da sua transportadora aérea de bandeira, a British Airways. Este obrigará à abertura do aeroporto Heathrow em Londres a todas as tranportadoras- o aeroporto com mais tráfego da Europa e onde a British Airways tem uma posição muito privilegiada. O assunto será discutido no dia 13 de Março pelas entidades Britânicas com o testemunho das companhias que operam rotas transatlânticas.

Contra

British Airways – Belfast Telegraph – as suas acções na bolsa caíram 6% no início da semana devido ao receio da concorrência acrescida que o acordo criará no mercado, e à perda da posição dominante no mercado. Numa tentativa de reduzir este impacto negativo, a British Airways disse estar completamente preparada para lucrar com o acordo. O presidente da BA alega que este acordo era mais benéfico para os EUA do que para a Europa. As rotas transatlânticas representam cerca de metade das receitas da companhia, que tem uma posição dominante neste mercado – cerca de 40%.

Sindicato dos Pilotos Americanos – pegasus news – está especialmente preocupada com a parte do acordo que diz respeito a franchising, dizendo que este acordo dará aos investidores estrangeiros controlo sobre as decisões operacionais das companhias americanas. Pediram ao congresso Americano para bloquear o acordo.

A favor

- Lufthansa – Financial Times - Wolfgang Mayrhuber, CEO da Lufthansa considerou o acordo “um passo na direcção certa”
- United Airlines é para já a única transportadora Americana que apoia o acordo. - Air France KLM – Forbes – a companhia diz que o acordo vai produzir uma plataforma regulamentar mais harmonizada e dará às transportadoras aéreas acesso a qualquer mercado entre a UE e os EUA.
- Irish Hotel Association – in Barkeeper – o acordo criará um aumento das receitas na ordem dos mil milhões de dólares para a economia da Irlanda

Outros Links:

Termos do Acordo na página da União Europeia.

Actualizações:

Sim Europeu ao acordo Open Skies

Cumprimentos

Tomás Abecasis

Desde a última publicação:1 dia

Sem comentários: