sexta-feira, 2 de março de 2007

Low-cost Intercontinentais

Tradicionalmente os voos das companhias aéreas low-cost têm sido de curta duração e dentro de um mesmo continente. Começaram na América com a Pacific Southwest Airlines - que inventou o modelo das low-cost - com o primeiro voo em 1949. A liberalização faseada do mercado dos transportes aéreos na União Europeia desde 1987 permitiu o aparecimento das low-cost na Europa. O modelo foi sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, e na RyanairO rei das low-cost – temos o expoente máximo deste modelo, claramente expressos nos seus mais de 40 milhões de passageiros (link alternativo) transportados em 2006. Apareceram depois na Ásia e na Austrália e agora começam a aparecer um pouco por todo o mundo.

Estamos agora a entrar numa 2ª era das low-cost – a era das low-cost intercontinentais. Esta promete vir a ser tão revolucionária como as low-cost ‘tradicionais’. Com extensas redes de low-cost já estabelecidas nos continentes Americano, Europeu, Asiático e também na Oceânia, na opinião de Tony Fernandes, CEO da Air Ásia, falta agora conectar os pontos.

A primeira tentativa de fazer uma low-cost intercontinental aconteceu em 1977. A companhia chamava-se Laker Airways, e efectuou voos transatlânticos entre Londres (Gatwick) e Nova Iorque (JFK). Acabou por falir em 1982, cinco anos depois do primeiro voo, e por lançar muitas dúvidas quanto à fiabilidade de aplicar o modelo das low-cost aos voos de longa duração.

No entanto, nos últimos anos apareceram no mercado algumas transportadoras aéreas que acreditam que é fiável. Em 2002, a flyglobespan.com e a Zoom Airlines efectuaram os seus primeiros voos transatlânticos. Praticam preços tão baratos como os 248€ para ir e voltar de Londres (Stansted) a Toronto (Hamilton) da flyglobespan.com, sendo que esta companhia efectua também voos para a África do Sul. Em 2006 foram lançadas a Oasis Hong Kong Airlines e a Viva Macau. A primeira efectua voos regulares entre Londres (Gatwick) e Hong Kong com preços a partir dos 370€, e a segunda efectua voos a partir de Macau para a Indonésia e as Maldivas, sendo que pretende, no futuro, voar para a Europa, o Pacífico e o Médio Oriente.

Já este ano, a Air Asia vai lançar a companhia Air Asia X, que planeia começar a voar a partir de Julho entre a Malásia e a Europa, e mais tarde também para a Austrália. Além das já mencionadas, existe ainda a transportadora aérea de bandeira da Irlanda, a Aer Lingus – que segue o modelo de negócio das low-cost – e efectua voos da Irlanda para os EUA, Canadá e Médio Oriente.

Estas companhias adaptaram o modelo das low-cost ‘tradicionais’ aos voos de longo curso introduzindo, por exemplo, uma classe executiva nestes voos e dando especial importância ao potencial para transportarem mercadorias (cargo) além de passageiros. Procuram assim maximizar as receitas e praticar ao mesmo tempo tarifas bastante atractivas.

Ainda no que diz respeito a voos transatlânticos, um desenvolvimento muito importante é o acordo – Open Skies – que está neste momento em avançada fase de negociação entre a União Europeia e os EUA. No dia 2 de Março ambas as partes chegaram a um entendimento para um acordo que terá agora que ser rectificado pelos ministros dos transportes da União Europeia. Caso isso aconteça o acordo entrará em efeito já a partir de 28 de Outubro e conduzirá à entrada de novos concorrentes no mercado transatlântico, nomeadamente concorrentes low-cost.

Para nós, os passageiros, o desenvolvimento da low-cost intercontinentais vai trazer uma redução no preço de viajar. Permite-nos viajar mais, e para mais longe. O mundo a uns clicks de distância está-se a tornar cada vez mais uma realidade. (E não só virtual…!).

Acompanhe aqui os últimos desenvolvimentos.

Cumprimentos,

Tomás Abecasis

Ver também:
Low-cost Intercontinentais - exemplos parte 1

Desde a última publicação:7 dias

1 comentário:

rychtalskasalki disse...

Folgo em saber k o nosso mundo fica mais acessivel a todos nós, para podermos ter a verdadeira noçao da sua grandeza, e talves começalo a respeitar mais.
mt interessante a maneira como tao resumidamente este artigo nos faz perceber k estas companhias lowcost começao a aperecer cada vez mais no mercado (agora internacional) e n sao so mero marketing com objectivo de atrair as atençoes dos "pes rapados" onde poucos sao conteplados pelo glorioso clik na hora certa. Posso dizer k na europa elas existem por expriencia propria.
Sao sites como este k nos ajudam a ter o nosso "glorioso clik" no sitio certo na hora certa e a conseguir alcança-lo cada vez mais vezes enquanto os euros forem dando, pk realmente viajar, conhecer novas realidades, é uma aventura k quero k dure pra sempre na minha vida.

BRUNO, PT, ALC, MOLEANOS

continua o bom trabalho PASSAGEIRO